quinta-feira, 26 de abril de 2012

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Na agenda divulgada por assessores da governadora, o conselhinho cuidará de tudo um pouco. Desde as eleições municipais, passando pela liberação de emendas ao OGU e por projetos de desenvolvimento.

A meu ver, esse conselhinho - no diminutivo por conta do pequeno número de participantes e todos já manjados - não vai dar em nada.

José Agripino Maia está às voltas com os estragos da dupla Demóstenes-Cachoeira e com as poucas chances do DEM nas eleições municipais.

Garibaldi Alves Filho tem mais o que fazer no Ministério da Previdência: inaugurar novas agências do INSS pelo Brasil afora.

Henrique Eduardo Alves está ocupadíssimo com a liderança do PMDB e com as investidas de gente da base aliada para ocupar a Presidência da Câmara dos Deputados, função reservada a ele pela cúpula do PMDB.

João Maia tem o Partido da República para tocar. E mais do que isso: precisa se proteger do Papa. Não do Bento XVI. E, sim, do Vivaldo Costa que já pediu a rádio em Caicó.

Ricardo Motta, presidente da Assembleia, está mais disponível. Já exerce as funções de vice-governador, mas apita pouco. É mais operador do que conselheiro de alguma coisa.

No frigir dos ovos, vai sobrar para Carlos Augusto Rosado que, além de dirigente estadual do Democratas, é o marido da governadora. Anda sobrecarregado, mas decide. E tudo continuará como dantes no quartel de Abrantes. Ou seja, nada vai mudar.

O conselhinho é só um jogo de cena para aparentar um novo momento da articulação política do governo estadual. Na prática, não vai resultar em nada. Uma reunião aqui, outra acolá. Só isso. De prático, nada. Sabe por quê? Porque as decisões no Executivo são eminentemente monocráticas. No caso do Rio Grande do Norte, Rosalba não decide de maneira tão solitária, porque ela conta com a ajuda decisiva do marido Carlos Augusto Rosado. Mas, de uma maneira geral, o exercício do Poder Executivo é solitário.

Além disto, o conselhinho tem tudo para mixar este ano por causa das eleições municipais. Os palanques nas principais cidades desagregam mais do que unem. E isso costuma azedar a convivência de qualquer aliado. Prova maior é dada pelo PMDB que anda distante do DEM em Natal e Mossoró. Essa turma - DEM/PMDB/PMN/PR - só vai se entender mesmo nas eleições estaduais de 2014.

Do Diógenes/nominuto.com